quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Personalidade

Sei que esta postagem pode parecer incoerente em um blog como esse. Não é um relato sobre as artes que venho aprontado por aqui, nem sobre as idéias que tenho em mente para as próximas festinhas, não fala sobre papel, não fala sobre pano.

Essa postagem aconteceu porque eu hoje acordei com uma música na cabeça. Vocês certamente já passaram por isso. Quando, ao abrir os olhos, a primeira coisa que você escuta é aquela música, pronto! Provavelmente ela vai te acompanhar pelo resto do dia.... 

O bom é que, nesse caso, a música é boa. 

E a danada da música me veio numa versão deliciosa, de uma cantora que frequenta o mesmo colégio que minha filha, e é ainda mais nova que ela. Um talento recém descoberto aqui em Piracicaba, e que certamente tem um caminho brilhante para trilhar.

Procurei pelo vídeo dessa versão, e compartilho aqui com vocês. Aos que ainda não conhecem, a princesa é Bebé Salvego.




A reflexão que fica, para mim, é sobre a forma com que educamos nossos filhos. Será que proporcionamos a eles as oportunidades para que explorem seus talentos? Como esses talentos são descobertos tão cedo? 

E sobre a música em si, outra reflexão que faço, ainda nesse aspecto da educação de nossos filhos, é sobre o amor próprio e a valorização da própria imagem. Será que nós, pais, estamos preocupados em garantir que nossos filhos se aceitem como são, e que percebam que é exatamente na diferença que reside toda a graça da vida? Ou será que, por precaução, na expectativa de que desde cedo nosso filhos sejam aceitos pela sociedade, ensinamos a eles a forma como devem se ajustar a esses padrões tão injustos e estúpidos de beleza e comportamento, e minamos de uma vez por todas a chance preciosa de ver ser construída ali uma personalidade única, legítima e autêntica?

E no fim, acabo de perceber que o título desta postagem tem sim a ver com a temática deste blog. Não é fácil educar um filho. Meus pais educaram três. E nós três, graças à adequada educação que tivemos, somos mulheres que hoje conseguem identificar e explorar suas potencialidades, porque nos foi concedida lá na infância essa liberdade de nos aceitamos e nos valorizarmos como somos. 

E talvez hoje eu seja isso: uma mãe que adora uma boa festa, e nas horas de folga gosta de brincar com essa arte que se consegue obter com o papel, o pano e algumas idéias na cabeça.

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