Por um Natal com mais significado

Já falei aqui sobre a forma como essa época do Natal me inspira.

Mas além de toda inspiração, de toda essa energia e encantamento, além de tudo isso há o verdadeiro sentido do Natal. E é esse o sentido que eu pretendia buscar e incorporar à rotina da minha família nessas últimas semanas do ano, quando pensei em montar esse Calendário do Advento. 

Cada cone representa um dia do advento e dentro deles há uma ação que deverá ser executada naquele dia.

Fiz às pressas, porque queria que ele tivesse início na data certa. O primeiro dia é amanhã e o calendário ficou pronto hoje. Minha ideia era pendurá-lo em forma de um varalzinho na parede da sala, mas durante a execução eu decidi que já me daria por satisfeita se conseguisse terminar todos os cones a tempo! rs... 

E agora que ficaram prontos, eu penso que se nós mantivermos a rotina de abrir um cone por dia e realizar as ações neles propostas até concluir todo o calendário, isso já vai ser motivo de grande orgulho para mim. Para as ações, mesclamos algumas atividades em família, como preparar alguma guloseima, assistir a filmes natalinos, soprar bolhas de sabão gigantes, com outras atividades mais relacionadas à prática solidária, como separar brinquedos para doação, montar sacolinha de Natal para uma criança carente, pensar numa ação solidária e colocá-la em ação...

Essa é uma forma de introduzir na educação das crianças o entendimento da verdadeira história do Natal, e despertá-las para a prática de ações solidárias. 

Não dá pra esperar que a magia do Natal faça do nosso mundo um lugar melhor para se viver, mas é possível aproveitar um pouco dessa magia e transformar a visão de mundo dos que estão a nossa volta. Possibilitar aos nossos filhos a experiência de se colocar no lugar do outro, e passar a enxergar o mundo de maneira mais solidária e humana.

Um mundo de árvores

Natal é uma data mágica, não é mesmo?

Mais do que no Ano Novo, é no Natal que eu tenho o meu momento de renovação. É quando gosto de estar com a família, me dar ao luxo de desacelerar, e me coloco a repensar os acontecimentos do ano. Pode parecer romantismo, mas nessa época eu tento sentir o mundo com olhos mais generosos e altruístas, e aproveito com mais cuidado as oportunidades que tenho de compartilhar e receber a energia dos que estão a minha volta. 

E os preparativos para o Natal são tão gostosos quanto o Natal em si. É como se estar envolvido com as luzes, os enfeites, os cheiros e as cores do Natal já sinalizasse a transição para essa nova sintonia, muito mais mágica e fantástica. O que se espera é que essa nova sintonia nos inspire uma renovação espiritual também.

E nada melhor para representar esse espírito natalino do que uma árvore de Natal. Uma árvore que seja do jeito que for, que tenha o tamanho que tiver. Que seja simples, mais sofisticada, rústica ou delicada. Que seja natural, ou criada a partir dos mais diversos materiais. Seja como for, a sua árvore de Natal que vai ter sempre a sua cara, e vai ser a personificação do espírito natalino a alegrar a sua casa durante o tempo em que estiver montada. 

O Natal já chegou lá em casa há duas semanas. "As meninas" não conseguiram conter sua ansiedade e aguardar pelo 1º domingo do advento para montá-la, como indica o calendário cristão. Na verdade, quem não foi capaz de esperar fui eu. Como a ansiedade foi grande, montamos a árvore que temos por lá já há alguns anos: artificial, de porte médio, tradicional. Para o próximo ano, pretendo fazer uma mais simples, com a ajuda das meninas, e com aquela pegada artesanal.

Dando uma passeada pelo Pinterest, encontrei algumas inspirações para arvorezinhas de Natal feitas com papel, como essas:

Aqui

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Agora que a Sofia já está maiorzinha, e já compreende melhor o significado das coisas, pensei que seria uma boa idéia trabalhar em casa o calendário do advento. Mas como já estamos muito próximos de seu início, que neste ano será em 29 de novembro, muito provavelmente não teremos tempo para planejá-lo. 

Como eu costumo sempre contar com a forcinha do acaso, e muita coisa ainda pode acontecer até lá, se eu tiver novidades, é lógico que irei compartilhar por aqui. 

Bons preparativos a todos!

Personalidade

Sei que esta postagem pode parecer incoerente em um blog como esse. Não é um relato sobre as artes que venho aprontado por aqui, nem sobre as idéias que tenho em mente para as próximas festinhas, não fala sobre papel, não fala sobre pano.

Essa postagem aconteceu porque eu hoje acordei com uma música na cabeça. Vocês certamente já passaram por isso. Quando, ao abrir os olhos, a primeira coisa que você escuta é aquela música, pronto! Provavelmente ela vai te acompanhar pelo resto do dia.... 

O bom é que, nesse caso, a música é boa. 

E a danada da música me veio numa versão deliciosa, de uma cantora que frequenta o mesmo colégio que minha filha, e é ainda mais nova que ela. Um talento recém descoberto aqui em Piracicaba, e que certamente tem um caminho brilhante para trilhar.

Procurei pelo vídeo dessa versão, e compartilho aqui com vocês. Aos que ainda não conhecem, a princesa é Bebé Salvego.

A reflexão que fica, para mim, é sobre a forma com que educamos nossos filhos. Será que proporcionamos a eles as oportunidades para que explorem seus talentos? Como esses talentos são descobertos tão cedo? 

E sobre a música em si, outra reflexão que faço, ainda nesse aspecto da educação de nossos filhos, é sobre o amor próprio e a valorização da própria imagem. Será que nós, pais, estamos preocupados em garantir que nossos filhos se aceitem como são, e que percebam que é exatamente na diferença que reside toda a graça da vida? Ou será que, por precaução, na expectativa de que desde cedo nosso filhos sejam aceitos pela sociedade, ensinamos a eles a forma como devem se ajustar a esses padrões tão injustos e estúpidos de beleza e comportamento, e minamos de uma vez por todas a chance preciosa de ver ser construída ali uma personalidade única, legítima e autêntica?

E no fim, acabo de perceber que o título desta postagem tem sim a ver com a temática deste blog. Não é fácil educar um filho. Meus pais educaram três. E nós três, graças à adequada educação que tivemos, somos mulheres que hoje conseguem identificar e explorar suas potencialidades, porque nos foi concedida lá na infância essa liberdade de nos aceitamos e nos valorizarmos como somos. 

E talvez hoje eu seja isso: uma mãe que adora uma boa festa, e nas horas de folga gosta de brincar com essa arte que se consegue obter com o papel, o pano e algumas idéias na cabeça.

De volta ao planejamento...

Quando um projeto se encerra, é inevitável: preciso urgentemente me colocar a imaginar os detalhes do próximo. 

É como se estar com a mente sempre preenchida com essas idéias fosse o meu combustível para tocar adiante essa rotina sufocante que vai dominando o nosso cotidiano.

O próximo aniversário de criança lá em casa vai ser somente em abril. E como a aniversariante em questão já sabe manifestar muito bem o que quer dessa vida, o tema foi pensado partindo de uma preferência musical dela. 

Coisas que já posso adiantar: vai ter sol, vai ter nuvens, vai ter ter navio, balão e muitos enfeites feitos com esse material que tanto aprecio: o papel. 

Para o cenário da festa há que se fazer um céu bem azul. Já me veio à cabeça a imagem da minha mãe, D. Tereza, costurando uma linda cortina, num degradê de tons de azul, ou com babados de tecido, como essa que vi neste site aqui:

Pra completar o cenário, já imaginei algumas nuvens branquinhas de feltro e um sol feito com origami, todos pendurados como se fossem móbiles. 

Andei pesquisando na internet, e encontrei alguns modelos de sol, como este aqui:

e este outro aqui:

Fiquei em dúvida entre os dois modelos e pra ajudar na escolha decidi fazer um de cada, já nas cores que eu pretendia. 

Montei primeiro o sol de 12 raios, e o resultado ficou tão legal que acabei desistindo de montar o outro:

Com essas idéias em mente, outros detalhes vão surgindo e se encaixando. 

E mãos à obra, na esperança de que, até lá, outros projetos apareçam por aí!

Ideias com sobras de papel

Tenho mania de ir guardando todos os materiais que sobram dos projetos que faço. Dizer todos seria um exagero. Digamos que guardo grande parte. Quase todos, pra ser bem honesta.

Sempre acho que um dia eles vão ter alguma utilidade. Confesso que muitas coisas eu guardei e até hoje não encontrei função para elas. Mas se tem um material que sempre aproveito, mesmo que seja um pedacinho mínimo, é o papel.

As sobras do papel colorido que usei no ano passado para montar os anjinhos de Natal viraram a cortina de bolinhas coloridas que criei para a festa de aniversário "Arco Íris" deste ano.

É muito bacana ver a sobra de um material ir se tornando outra coisa, e acho que foi pensando nesse princípio que surgiu o nome deste blog.

Quando sobram tiras de papel, basta um trabalho de dobradura e voilà: lindas estrelinhas, que de quebra são conhecidas como "estrelas da sorte". 

Com elas dá pra enfeitar a mesa do bolo, a mesa dos convidados... Espalhadas pela mesa ou dispostas em garrafas de vidro, as estrelinhas da sorte podem criar uma bonita composição com as cores da festa...

Quando sobram pedaços muito pequenos, ao invés de guardá-los dessa forma ou jogá-los fora, prefiro recortá-los com o furador circular e guardar as bolinhas em vidrinhos para uma próxima criação. Algo que nunca sobra numa decoração de festa, ao meu ver, são bolinhas coloridas de papel. Podemos montar cortinas para enfeitar o fundo da mesa do bolo, fazer grinaldas coloridas para a decoração aérea da festa ou usar como moldura para fotos, pôsteres... Idéias nunca faltam.

Se a sobra de papel é um pouco maior, a ponto de se conseguir riscar um quadrado de uns 5 cm, e sobrepor, sobre uma de suas pontas, o risco de uma circunferência um pouco maior, esse pedaço de papel pode ser transformado em lindas borboletas. Basta improvisar esse molde, ir dobrando o papel como um leque, prender o meio e abrir delicadamente o leque, moldando as asas!

Mais do que pelo papel em si, sou apaixonada pelas sobras de papel. Difícil entender a razão disso. Talvez seja por encarar as sobras como um desafio, e isso me motiva.  
Bora criar!

Festa Animais da Floresta

Recentemente anuncei uma festinha muito especial que estava por vir (aqui).

Trata-se da comemoração do 1º aniversário do Rafael, e o tema escolhido pela mamãe foi Animais da Floresta. 

Juntas pensamos em muitos detalhes. Na minha cabeça, desde o início vinham muitas idéias com feltro: móbiles de bichinhos, folhas, bichos para a mesa do bolo, bandeirola com o nome do aniversariante...

Como a minha habilidade com o ramo da costura é nula, é claro que para esse projeto eu teria que contar, como sempre, com o capricho da minha mãe, que aceita todos os meus desafios como se fossem dela.

A mãe do aniversariante foi muito proativa, dando aquele voto de confiança e permitindo que eu pudesse criar à vontade. Recebia cada ideia com muita empolgação e participava trazendo outras tantas idéias que iam surgindo na imaginação dela também.

Após algumas pesquisas na internet e, misturando uma inspiração aqui, outra lá, fomos encontrando o estilo dessa festinha.

Uma delícia trabalhar quando existe essa parceria. 

Aos poucos fui criando a papelaria personalizada dessa festinha: 

Convite

Rótulo da água

Rótulo da bolinha de sabão

Tag de agradecimento

Toppers dos docinhos

Sacolinha surpresa

 

Enquanto isso, após encontrar na internet um desenho muito fofo dos animaizinhos da floresta, fui transformando-os em molde, e montando as peças em feltro, que depois seriam costuradas pela D. Tereza. O resultado foi esse misto de cores e muita fofura!

Outro ponto que aprecio muito nas festinhas infantis é quando é estimulada a interatividade dos convidados. Gosto dessas lembranças que os convidados deixam para os aniversariantes, que poderão ser vistas depois de um certo tempo. 

Pensando nisso, imaginei recriar a árvore dos desejos, na qual os convidados enfeitariam os galhos de uma árvore com folhas onde escreveriam os seus desejos ao aniversariante. 

Essas folhas, ao final da festa, seriam recolhidas pelos papais e mantidas como recordação daquele momento tão especial e único na vida de uma criança. 

Para facilitar essa interação, fiz um manual de instruções de como preencher a árvore.

 

Essa instrução foi colada na tampa de uma caixa, que foi colocada sobre uma mesa. Essa caixa servirá depois para guardar as folhas com os desejos dos convidados e outras lembranças da festinha.

Foi uma delícia montar essa festinha!

Crédito: Fotos Flávio Rodrigues

Cartão de visitas

Todo mundo precisa de amigos, não é mesmo?

Aquele amigo que te apoia e te empurra pra frente quando você pensa em desistir. Que muitas vezes acredita mais no seu potencial do que você mesmo. 

O que isso tem a ver com o título desta postagem? Vou explicar.

Tenho uma amiga que vem me incentivado, já há algum tempo, a criar esse blog: "puxa, Fer! Você é tão caprichosa e gosta tanto do que faz... Por que não cria um blog pra divulgar um pouco o seu trabalho?". 

E assim vem sendo até que, depois de não conseguir mais encontrar desculpas, finalmente me perguntei: Por que não?

Se esse blog existe, Mariane, acredite que é por causa sua. Você foi minha incentivadora desde o início. 

E já que o blog existe, por que não divulgá-lo? Comecei a imaginar como seria um cartão de visitas de uma pessoa que gosta de artes manuais... Evidente que teria que ser um cartão com cara de "feito a mão". 

E foi assim, usando algumas coisas que eu tinha em casa, como papel kraft, washi tape e barbante de cera colorido, que surgiu o cartão de visitas da Festa Machê. 

(Que eu bem sei que ainda passará por uma série de modificações. Como a gente!)

Vai de Mário, filha!

Tenho a sorte de ter uma filha na fase da adolescência. Fase em que são vários os acontecimentos com os quais precisamos lidar, e todos eles urgentes! 

Dessa vez, a preocupação era o dia do trote no colégio, onde todo aluno deveria ir às aulas fantasiado como algum personagem. 

Festa a fantasia é um palco para a imaginação. Ainda mais para uma criança/adolescente tímida, como a minha Julia, que aproveita essas ocasiões para se permitir expressar.

Ela passou algumas semanas imaginando qual seria a fantasia perfeita, e quando me dei conta, já tinha passado tempo suficiente para por em prática as idéias que foram surgindo na cabecinha criativa dela. Tudo demandaria de uma longa procura por acessórios nas lojinhas da cidade, e tempo é tudo o que não tínhamos. 

Foi quando lembrei do macacão que ela havia usado no final de semana passado, e me veio uma idéia à mente: Vai de Mário, filha!

Bastaria usar o macacão, uma camiseta vermelha e improvisar alguns itens como o bigode e a logomarca do Mario num boné! E de quebra, resolveríamos também a situação de outra adolescente aflita, sua amiga inseparável, que também não tinha idéia do que se fantasiar (vai de Luigi, Mel!). 

Pra incrementar, aproveitei uma caixa de sapatos para remontar um cubo, encapá-lo com feltro, e criar o tijolinho de interrogação que aparece no joguinho.